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Vitimas de feminicídio em MS
Quatro mulheres são brutalmente assassinadas em diferentes cidades do estado, evidenciando a urgência de medidas efetivas contra a violência de gênero.
A violência contra a mulher continua sendo uma triste e alarmante realidade no Brasil. Apesar dos avanços na legislação e das campanhas de conscientização, crimes de feminicÃdio seguem ceifando vidas e destruindo famÃlias. O medo, a dor e a impunidade ainda são sentimentos frequentes entre aquelas que tentam escapar de relacionamentos abusivos, mas encontram barreiras institucionais e sociais que dificultam sua proteção. Mulheres seguem sendo assassinadas simplesmente por serem mulheres, vÃtimas de uma sociedade que ainda carrega resquÃcios de machismo estrutural e de uma cultura de posse sobre seus corpos e suas vidas.
Muitos desses crimes poderiam ser evitados. Muitas dessas mulheres já haviam denunciado seus agressores, buscado medidas protetivas e alertado autoridades sobre as ameaças que sofriam. No entanto, a resposta às suas súmulas de medo e desespero é, muitas vezes, tardia ou ineficaz. As estatÃsticas são alarmantes, e os nomes das vÃtimas não são apenas números: são histórias interrompidas, sonhos destruÃdos e famÃlias desoladas.
Nos primeiros meses de 2025, Mato Grosso do Sul tem sido palco de uma série de crimes brutais contra mulheres. Quatro feminicÃdios em fevereiro escancaram a necessidade de a sociedade e o Estado tomarem medidas mais eficazes para evitar que tantas histórias terminem de forma tão trágica.
Primeiro caso: Caarapó
No dia 4 de fevereiro, Karina Corim, de 29 anos, baleada na cabeça pelo ex-companheiro, Renan Dantas Valenzuela, de 31 anos, no dia 1° de fevereiro, não resistiu aos ferimentos. O crime aconteceu em um estabelecimento na Avenida XV de Novembro, em Caarapó, onde Karina estava acompanhada de sua amiga, Aline Rodrigues, de 30 anos. Renan, inconformado com o fim do relacionamento, atirou contra as duas mulheres. Aline morreu no local, enquanto Karina foi socorrida e levada para o Hospital da Vida, em Dourados, onde faleceu dias depois. Após o ataque, Renan incendiou a loja e tirou a própria vida com a arma do pai, policial militar. Ele já possuÃa histórico de violência doméstica contra outras mulheres e até mesmo contra a própria mãe.
Segundo caso: Campo Grande
A morte aconteceu na madrugada de quinta-feira (13). Vanessa Ricarte, de 42 anos, jornalista e funcionária do Ministério Público do Trabalho, foi assassinada pelo ex-noivo, Caio Nascimento. Horas antes do crime, Vanessa registrou um boletim de ocorrência e conseguiu uma medida protetiva contra o agressor. Ao retornar à sua residência no bairro São Francisco para buscar pertences, foi atacada com três facadas no tórax. Apesar de ter sido socorrida em estado grave, não resistiu aos ferimentos. Caio foi preso em flagrante e encaminhado à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), onde aguardava audiência de custódia.
Terceiro caso: Dourados
Juliana Domingues, de 28 anos, foi assassinada com golpes de foice pelo marido, Wilson Garcia, no último dia 18/02, na comunidade indÃgena Nhu Porã, localizada às margens da BR-163. O crime foi presenciado pelo filho do casal, de apenas oito anos. Segundo testemunhas, o casal discutiu às 19h e, horas depois, Wilson atacou Juliana com extrema violência, atingindo sua cabeça com a ferramenta agrÃcola. Após cometer o crime, ele fugiu em uma bicicleta e, até o momento, segue foragido. A polÃcia apreendeu a foice utilizada e segue nas buscas pelo suspeito.
Quarto caso: Água Clara
Mirieli Santos tinha apenas 26 anos e foi morta a tiros neste sábado (22) pelo ex-namorado, Fausto Junior, no municÃpio de Água Clara. Mirieli havia ido até a casa do ex-namorado para resolver questões pessoais, quando os dois iniciaram uma discussão. Pouco depois, foram ouvidos disparos. O irmão da vÃtima, que também estava na residência, encontrou Mirieli baleada e tentou levá-la ao hospital junto com Fausto. No entanto, ao chegar na unidade de saúde, o assassino fugiu. Em sua casa, a polÃcia encontrou um revólver calibre .38 e diversas munições. Amigos e familiares lamentaram a perda precoce da jovem empresária nas redes sociais.
Reflexão
Esses crimes não apenas tiram a vida de mulheres, mas também deixam marcas profundas em suas famÃlias e na sociedade como um todo. O impacto é ainda mais devastador para as crianças que presenciam essas cenas de extrema violência. Filhos que perdem suas mães de forma brutal carregam traumas irreparáveis, crescendo em um ambiente de dor, medo e revolta. Algumas dessas crianças são obrigadas a viver com a lembrança do pior dia de suas vidas, revivendo constantemente o horror que testemunharam.
Diante desse cenário, é imprescindÃvel que o Estado fortaleça os mecanismos de proteção às vÃtimas, garantindo que medidas protetivas sejam rigorosamente cumpridas e que agressores sejam punidos de forma exemplar. Além disso, é essencial investir na educação e na conscientização para combater a cultura da violência de gênero desde cedo. Somente através de uma mobilização coletiva será possÃvel evitar que novas histórias terminem tragicamente.
Fonte: Região MS Noticias